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PSB e PT: Pernambuco pode ter dois palanques para Lula em 2022

 PSB e PT: Pernambuco pode ter dois palanques para Lula em 2022
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Existe a possibilidade do ex-presidente Lula (PT) ter dois palanques em Pernambuco para 2022. A jogada seria um palanque com o PSB – que, no momento, encontra-se dividido quanto a quem apoiar ou sair com candidatura própria – e com o próprio Partido dos Trabalhadores. É o que vaticina socialista em reserva. Alguns petistas, procurados pela reportagem, confirmam que “existe, sim, a possibilidade de palanque duplo, mas tudo depende dos posicionamentos”.
Sobre isto, existe uma ala do PSB que resiste à aliança com o líder petista. Esta ala, inclusive, é composta pelo deputado federal Felipe Carreras, o atual prefeito do Recife, João Campos e o ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio. Todos acreditam que a legenda pode lançar nomes próprios. A despeito disso, ao Diario, Carreras (PSB) assinalou que torce para que a sigla tenha candidatura própria ao Palácio do Planato e destacou alguns nomes. “Temos nomes como o próprio Governador Paulo Câmara (PSB-PE), Flávio Dino (PSB-MA), Renato Casagrande (PSB-ES) Geraldo Júlio (PSB-PE) e (Marcelo) Freixo (PSB-RJ)”, afirma em conversa com o Diario.
Contudo, há socialista, em reserva, que acredita que “o momento do PSB é focar em governos estaduais. Se preciso for, abrir mão da candidatura ao Planalto”. Complementa: “não é momento para discussões sem muito fim. Precisamos nos unir contra Bolsonaro. Claro que temos nossas opiniões que diferem (PT e PSB), mas, também precisamos reconhecer que o Lula fez muito pelo Brasil e pelo Nordeste. Montar um palanque aqui (em Pernambuco) seria uma opção viável, sim. Contanto que seja uma decisão unânime dentro do partido”.

O PSB ainda busca nomes para representar a sigla nas eleições de 2022. O nome do ex-prefeito Geraldo Julio segue no radar dos socialistas, mas o mesmo já havia dito, ao Diario, que não possui interesse e que cabe a Paulo Câmara alinhavar as decisões. Enquanto isso, nos bastidores, nomes como o do ex-ministro José Mucio e do atual secretário da Fazenda, Décio Padilha, tomam novas proporções.

A respeito do governador Paulo Câmara sair como candidato ao Senado pela Frente Popular, Felipe crava que essa é uma decisão que precisa ser tomada pelo chefe do executivo pernambucano. E, garante que o PSB de Pernambuco está unido. “Ele que coordena a sucessão. Como ele foi escalado por Eduardo Campos para liderar um projeto, acho que essa resposta só ele pode dar. PSB de Pernambuco está unido e seguirá a decisão tomada pelos nossos líderes”, arremata.

O deputado federal Tadeu Alencar (PSB) enxerga a possibilidade de dois palanques. Ele pondera que como ainda não tem uma definição, um caminho único, no nível nacional, isso pode ser reproduzido no Estado. “Você pode ter uma reprodução, em nível local (em Pernambuco), onde cada partido coloque suas candidaturas e em um segundo turno a gente pode se encontrar, inclusive, se enfrentando. Não é o mais provável, mas na eleição de prefeito tivemos uma candidatura do PT e do PSB. Vejo isso com naturalidade”, alerta.

Já no campo dos trabalhadores, há quem acredite que o PT possa e tenha “cacife” para apostar em nome próprio em Pernambuco. “Eles entendem que o nosso objetivo é derrotar Bolsonaro em 2022 e ainda assim não se decidem. Precisam tomar uma decisão. Ou é união ou é união. Essa união, que segue caminhando, por exemplo, deve surtir um ótimo efeito: o de dois palanques”, vaticina em reserva.
A máxima é defendida pela deputada estadual Teresa Leitão (PT). Além de acreditar na possibilidade de um palanque duplo em Pernambuco, questionada sobre uma repetição de 2006 em 2022, a petista alerta que o cenário de 2022 é diferente. “Na época, Lula era presidente e candidato à reeleição. Agora, ele está candidato à eleição. As pesquisas já o apontam como favorito. O campo da aliança (dentro do PSB) com Lula cresceu muito. Mas, ainda há quem resista. Se eles não se decidirem, poderemos, sim, sair com candidatura própria em 2022”, assegura Teresa.
Questionada se os nomes permanecem os mesmos, a parlamentar retruca que sim. “O negócio é se preparar. Existe a possibilidade também. Marília e Humberto são os nomes colocados pelo PT”, responde. Contudo, pondera que: “é uma disputa que a gente espera que não aconteça”.
Construção de Lula
A construção do palanque do ex-presidente Lula (PT) pelo Nordeste teve início no Recife. Na capital pernambucana, reuniu-se com correligionários – para debater os rumos da legenda localmente -, opositores e antigos aliados. Este último grupo, inclusive, refere-se ao PSB – com quem Lula jantou, no dia 16 de agosto, no Palácio do Campo das Princesas.
Após o jantar, que segundo assegurou auxiliares palacianos, contou com uma conversa incisiva entre o líder petista, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que é vice-dirigente nacional do PSB, e com o prefeito do Recife, João Campos (PSB), ambas legendas começaram a iniciar as tratativas para reconstruir a aliança, bastante desgastada após o segundo turno das eleições municipais do Recife em 2020.

Paulo para o Senado
O nome do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), volta a ser foco das especulações para ocupar uma cadeira no Senado Federal. Segundo a revista Veja, o chefe do executivo pernambucano assinalou que sairá para o Senado. Nos bastidores do PSB, conforme sinalizou fonte à reportagem, a notícia ainda não circula. Para alguns socialistas, a novidade só chegou lá devido ao contato com o Diario.
Procurado pela reportagem, o deputado estadual, Tadeu Alencar (PSB), sinalizou que a possibilidade é vista com bons olhos. Além disso, destacou que: “Para quem está fechando o governo com uma série de ações, e ações bem pensadas, acho que ele estaria apto a disputar qualquer cargo”.
Outra fonte, em reserva, apontou que “em nenhum momento isso (de Paulo Câmara seguir para o senado) foi debatido dentro do partido”. E continua: “que ele tem merecimento, ele tem. Mas, acho que isso não deve ser o foco do nosso partido (PSB). Tem muita água para rolar e outros nomes para representar a Frente Popular”.
Sobre isto, há socialistas que discordam. “Há sim a possibilidade do PSB ocupar algumas vagas, mas, não há lógica de querer todas as principais. Precisa haver uma ligação e uma distribuição justa de representações”, aponta. Em off, socialista pondera que “Acho que ele tem merecimento para disputar. Só não acho que deve querer isso agora. E os demais (aliados da Frente Popular), como ficam?”. A fonte indaga: “o PSB não pode pretender também ter todos os cargos na chapa, tem que ver como é que fica isso: qual a aliança possível desta circunstância? Na hora que você tem a cabeça de chapa e o senado, o que é que sobre para os aliados?”.
Falando em aliados, os deputados Silvio Costa Filho (Republicanos) e André de Paula (PSD) seguem na linha de frente para representar a Frente Popular no Senado. O que, por sua vez, não deixaria espaço aberto para o governador Paulo Câmara (PSB) prosseguir. Recentemente, na chegada do ex-presidente Lula (PT) a Pernambuco, Silvio foi ao encontro do líder petista. Tudo isso para buscar fortalecer seu nome ao Senado pela Frente Popular, que o PT poderá voltar a integrar por uma Frente Ampla contra Bolsonaro.
Procurada pelo Diario, a secretaria de Imprensa do governo de Pernambuco assinalou que “Ele (Paulo) não vai comentar isso (de ser candidato ao senado pelo PSB)”.
FONTE DIARIO DE PERNAMBUCO

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