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Pernambuco inicia semana de mobilização para vacinação infantil com cobertura abaixo de 30%

 Pernambuco inicia semana de mobilização para vacinação infantil com cobertura abaixo de 30%
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Desde o início da vacinação infantil contra a Covid-19 em Pernambuco, em 14 de janeiro, 343.438 crianças de 5 a 11 anos receberam a primeira dose. Esse número corresponde a uma cobertura de 29,04%, considerada baixa pelo Estado.

Para acelerar a proteção dos pequenos, começa, nesta segunda-feira (21), uma semana de mobilização pactuada entre o Governo do Estado e os municípios. A estratégia deve incluir diversos locais de circulação dos menores, especialmente as escolas, e irá culminar, no próximo sábado (26), no Dia C de vacinação infantil.

A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de que haja 1.182.444 crianças nessa faixa etária no Estado. Desde o começo da campanha, 873.740 doses pediátricas chegaram a Pernambuco, sendo 446.300 doses do imunizante da Pfizer e 427.440 doses da vacina CoronaVac.

Em coletiva de imprensa, na última quinta-feira (17), o secretário estadual de Saúde, André Longo, demonstrou preocupação com a atual cobertura vacinal na faixa pediátrica.

“É um quantitativo ainda muito baixo, que significa risco para toda a sociedade e, principalmente, para as próprias crianças. Para proteger nossos pequenos, pactuamos com os municípios uma grande mobilização para tentar acelerar a imunização”, disse.

Os municípios desenvolvem ações para buscar aumentar a proteção dos menores. No Recife, por exemplo, teve início na quarta-feira (16) a vacinação em escolas da rede municipal de ensino. A expectativa é que a ação contemple 500 crianças diariamente. [veja mais abaixo o panorama por cidades]

Disseminação de fake news
Representante da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) no Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação, o médico pediatra Eduardo Jorge da Fonseca, corrobora com a definição de baixa adesão da vacinação infantil.

“A adesão é muito menor do que a gente esperava. Não conseguimos entender muito bem como os pais são vacinados e não vacinam os seus próprios filhos”, disse Eduardo, acrescentando uma crítica a divulgações equivocadas sobre possíveis eventos adversos após o ato da vacinação.

“Provavelmente essa hesitação tem muito a ver com as fake news. Este grupo etário tem muito menos eventos adversos do que os próprios adolescentes e adultos”, completou.

Eduardo ainda lembra que o fim da pandemia de Covid-19 só será possível com a vacinação de todos os suscetíveis ao vírus, como é o caso das crianças. “As crianças hoje são um mar de suscetibilidade. Entre risco e benefício, não tenho a menor dúvida de que a vacina é muito melhor”, destacou.

O pediatra defende também que a vacina aplicada em escolas é um facilitador importante para ampliação do acesso. “Venho defendendo há muitos meses essa ideia. As vacinas têm que ir para as escolas, os centros [de vacinação infantil] estão muito bem equipados, mas limitam o acesso”, finalizou o médico.

Representante da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) no comitê estadual de vacinação, Eduardo Jorge da Fonseca

 

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