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Campanha alerta sobre a subnotificação da violência sexual contra crianças e adolescentes

 Campanha alerta sobre a subnotificação da violência sexual contra crianças e adolescentes
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A Rede de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes do Estado de Pernambuco promoveu, nesta quinta-feira (5), o lançamento da campanha “Pernambuco pelo fim da Violência Sexual de Crianças e Adolescentes: Onde estão as vítimas? Cadê nosso Plano de Enfrentamento?”. Além do ápice da iniciativa, que contará com um ato público no Marco Zero, no Recife, em 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a campanha contará com uma programação de seminários, rodas de diálogo e formações ao longo do ano para sensibilizar a sociedade sobre a causa.

Um dos motes da ação é a busca por reduzir a subnotificação de casos, que ocorrem, principalmente, no ambiente doméstico, em um contexto de culpabilização da vítima e de convivência com os agressores. Segundo a rede, a pandemia pode ter agravado ainda mais esse quadro devido ao desestímulo ao atendimento presencial em órgãos como as delegacias.

Em 2019, por exemplo, o registro de crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes era de 1.162, quantitativo que caiu para 957 em 2020. No ano passado, com a flexibilização do distanciamento social, o número de registros voltou a crescer, chegando a 1.294.

“Além da luta contra a subnotificação de casos, também estamos focando nossos olhares na construção do Plano Estadual Decenal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e dos planos municipais. Essa é uma meta importante, tanto da rede que integramos, como também como Governo do Estado”, disse o secretário executivo de Políticas para Criança e Juventude da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), Eduardo Vasconcelos.

De acordo com o gerente de Políticas para Criança da SDSCJ, Macdouglas Oliveira, a campanha cumpre o papel de tirar da invisibilidade ocorrências que afrontam diretamente o Estatuto da Criança e do Adolescente.

“Vamos trabalhar, durante todo o ano, ações que estejam ligadas a esse tipo de violência. O tema da campanha traz como mote “Onde estão as vítimas? Cadê nosso plano?”, com o objetivo de alertar sobre a quantidade de casos que não têm chegado aos canais de denúncia, além de mobilizar a sociedade para a elaboração dos planos estadual e municipais. Várias ações serão desenvolvidas, como rodas de diálogos, atos públicos no Recife, seminários, formações e outras ações atreladas à campanha”, afirmou.

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